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Diálogo Iberoamericano
Núm. 15 / mayo-junio 1998. Pág.
25
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Tarefa de casa quando bem trabalhada, favorece extremamente
o rendimento acadêmico do aluno
Rose M. Guimaráes Rodrigues (Universidade Federal
de Uberlândia). Por que certas crianças
apresentam melhor desempenho acadêmico que outras?
Vivenciando essa quest o no dia-a-dia como mãe e educadora
e também nos grupos de convívio, pudemos sentir o
grave problema do aluno que fracassa na sua vida escolar e
refletir sobre o mesmo.
é fartamente sabido que vários são os
determinantes responsáveis pelo desempenho escolar; desta
forma, optamos por estudar a "tarefa de casa", por consider-la
como ponto importante na consolidação da
aprendizagem.
Nossa pesquisa, com características
etnográficas, teve por objetivo mostrar a
relação entre a realização da tarefa
de casa e o rendimento acadêmico do aluno excelente,
bom/muito bom e fraco na disciplina Matemática, utilizando
a observação direta em sala de aula e a entrevista,
como métodos de coleta de dados. A amostra observada era
composta de 102 alunos e três professoras de quatro salas,
sendo uma de terceira e três de quarta série do
ensino fundamental escolhidas aleatoriamente por meio de sorteio.
A entrevista semi-estruturada foi realizada com 22 alunos,
retirados dessa amostra, suas professoras de Matemática,
seus pais e a diretora da escola da Rede Federal de Ensino da
cidade de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Os dados
obtidos evidenciaram que o aluno considerado excelente pela
professora, bem como aquele classificado como bom e muito bom,
freq&uumil;entemente realiza mais tarefas de casa completas do
que o aluno considerado como fraco. Ficou evidenciada,
também, a relevância das ações das
professoras quando do momento da solicitação e
correção da tarefa, e dos pais, durante a
realização da mesma. De igual forma, o tempo que
se dispensa frente à tevê pode influenciar no
rendimento acadêmico do aluno.
A análise das ações da professora
antecedentes e conseq&uumil;entes à lição
de casa indicaram a importância que a professora confere
a essa atividade, assim como os pais e os alunos reconhecem, por
sua vez, a importância da tarefa de casa, apesar de os
últimos não gostarem muito de realiz-la,
principalmente quando em grande quantidade. A ação
dos pais também foi analisada, em termos de como fazem o
acompanhamento escolar do filho, incluindo-se aí o arranjo
do ambiente do lar, controle dos horários de ver
televisão e outros, parecendo que se pode concluir que os
mesmos ainda necessitam de maiores informações a
respeito de como ajudar seus filhos nos afazeres escolares, para
que assim possam contribuir para obterem melhores resultados no
seu desempenho acadêmico.
A pesquisa se ateve à questão da tarefa de
casa, visando a encontrar outras alternativas, que melhorassem
o baixo rendimento dos alunos, mostrando vari veis que podem
influenciar o rendimento acadêmico. Embora haja muitas
variáveis, como encorajamento da família,
motivação do aluno e fatores do ambiente, cujas
influências são difíceis de ser verificadas,
mostraram-se neste estudo como a tarefa de casa e aspectos
relacionados poderiam estar ou não diretamente ligados
à aprendizagem do aluno, e conseq&uumil;entemente,
influenciando no seu rendimento acadêmico.
Algumas das conclusões a que se pode chegar por meio
desta pesquisa, levam-nos a crer que a realidade da escola pode
influenciar e estar diretamente implicada na
aprovação final do aluno.
Também pudemos refletir e concluir que, apesar de a
tarefa de casa ter sido considerada importante por todos, e ser
uma variável conhecida há longo tempo, ainda
não é explorada adequadamente pelos envolvidos para
dar os resultados que consideramos serem possíveis e
capazes de proporcionar, além de não envolver
gastos de verbas e ter um retorno certo do investimento de tempo
dos profissionais, alunos e pais.
Assim, seria oportuno recomendar a todos aqueles que
estão envolvidos na aprendizagem do aluno, que atentassem
a todos os determinantes de rendimento que podem influenciar o
desempenho acadêmico do aluno. Dessa forma, o
próprio aluno, professores e pais, talvez pudessem
conhecer melhor as concepções que estariam
interferindo negativamente na eficiência da prática
educativa, prejudicando a concretização da
aprendizagem.
Após concluído o estudo, o nosso parecer
é de que a tarefa de casa, além de poder contribuir
para a aprendizagem do aluno, levando-o a um melhor rendimento,
pode também ser um meio de integração entre
o aluno, o professor e a família. Assim sendo, espera-se
que este estudo possa levar a enfoques mais reflexivos sobre o
que ocorre em torno da tarefa de casa, principalmente
lembrando-se da importância da relação entre
os momentos que a envolve, o da solicitação, o da
realização e o da correção da tarefa
de casa.
Referencia: intecoop@ufu.br
Cultivo de fresas en zonas tropicales
Ferdinand ávila Medina (Universidad de Puerto
Rico). Un proyecto agrícola para desarrollar cultivos
de fresas en zonas tropicales ha comenzado a producir frutos
exquisitos. La finca de Lajas del Colegio de Ciencias
Agrícolas del Recinto Universitario de Mayag&uumil;ez
(RUN, Universidad de Puerto Rico) ha sido testigo del
florecimiento de estas frutos, parte de un proyecto de
investigación que realiza desde hace varios años
el Dr. Salvador Sala, del Departamento de Horticultura del
RUM.
Cuando en 1990 Salas comenzó sus proyectos con
fresas, algunos pensaron que sería una pérdida de
tiempo pues el cultivo de esta fruta no era viable en nuestro
clima. Las objeciones principales se fundamentaban en las
características tradicionales de esta fruta. Las fresas
son cultivos de zonas templadas y subtropicales que requieren
períodos variados de frío y calor para florecer y
fructificar. Su cultivo requiere generalmente temperaturas entre
70 y 80 grados F. En Lajas, lugar del proyecto, se reportan con
frecuencia temperaturas ascendentes a 95 grados F.
"Comencé mi trabajo cuando me desempeñaba como
profesor en el Colegio Regional de la Montaña en Utuado.
Pensé que el clima de esa región sería el
más favorable para la siembra de fresas. Aunque tuvimos
éxito en el experimento, el tamaño de la fruta no
fue lo suficientemente grande como para pensar en un desarrollo
comercial. Cuando vine a Mayag&uumil;ez continué las
investigaciones con la ayuda de mis estudiante, aunque por las
características del clima pensamos que sería
más complicado", señala Salas.
Hace más de veinte años la Estación
Experimental Agrícola del RUM realizó
investigaciones similares, pero con éxito parcial. Las
plantas sólo lograron una florecida y la fruta
resultó muy pequeña. En aquella época
únicamente se conocían dos tipos fresas: las que
florecían en días cortos y las florecían en
días largos.
No obstante, hace diez años se descubrió en
Estados Unidos un tipo de fresa que no depende de la
duración del día para florecer. Esto fue lo que
motivó al investigador del RUM a considerar la posibilidad
de cultivar fresas en el trópico.
Se realizaron más de diez experimentos con cinco
variedades: sweet charlie, oso grande, tribute, tristar y selva.
Luego de identificar las que mejor se adaptaban al clima tropical
se determinó que las variedades sweet chalie y tristar
eran las más fructíferas, siendo la primera la de
mejores resultados. Esta variedad alcanzó un tamaño
más grande, con mayor potencial comercial, sabor
más dulce y textura más jugosa.
El próximo paso en este proyecto es desarrolla en
distintos lugares de la isla siembras experimentales
demostrativas para fines comerciales. A través de estas
siembras se determinará el nivel de producción de
fresas por cuerda para así analizar su potencial
económico. Lo anterior es vital para promover en la isla
un desarrollo agroempresarial competitivo de este producto.
En el estado de Florida, por ejemplo, la producción
por cuerda es de 21.000 libras. En Puerto Rico podrían
producir igual o mayor cantidad de libras, ya que se
cultivaría durante el invierno, época de poca o
ninguna producción en EE.UU.
El mercado de fresas importadas a Puerto Rico sobrepasa el
millón de dólares. Si las siembras experimentales
son exitosas, podría ser una mayor economía para
el consumidor puertorriqueño. Dado que la fresa es una
fruta perecedera la importación se realiza por transporte
aéreo, lo que aumenta su costo. El cultivo de fresas en
la isla representaría un menor costo y una mayor frescura
del producto.
Para Salvador Salas el éxito es económico es
tan importante como el científico. "Con este proyecto
hemos demostrado la viabilidad de cultivar algo que a simple
vista parecía inapropiado. Pero a la par del éxito
científico estamos aportando una nueva alternativa para
el desarrollo de nuevas empresas agrícolas para Puerto
Rico", señala.
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